5 minutos - José de Alencar
CINCO MINUTOS José de Alencar São Paulo: 1999. 76 páginas |
Li, inicialmente este texto “decifrador”, depois as questões de interpretação do texto, complexas demais. Lembrei das palavras do Rubem Alves, e pensei se, o autor, que escrevera o texto como folhetim, em um jornal diário do século XIX, sonhasse que pegariam seu texto para fazer tantos questionamentos, talvez não o tivesse escrito. Senti que a literatura precisa ser uma viagem sem relatório determinado, mas uma viagem de prazer.
E tratei de ler o livro. Do jeito que sei ler literatura, embarcando na história, me emocionando com o sofrimento e as alegrias das personagens, torcendo por um final feliz, sarando as minhas próprias mazelas. E refleti muito sobre as palavras desse que cito pela terceira vez (Rubem Alves), a literatura não serve pra nada! E faz um bem enorme à alma. E sua utilidade está justamente nesta falta de utilidade, no prazer que ela nos causa, na imensa satisfação em um tempo fortuito, quase uma delinqüência, numa tarde em que se deveria estar corrigindo trabalhos acadêmicos, se foge ao prazer de algo inútil.
Adorei o romance! Mesmo sabendo que é tudo mentira. Unicamente pelo bem que me causou ao espírito. Depois da leitura, escrevi este texto e voltei ao trabalho...
(escrito inicialmente em 9 de junho de 2006)
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