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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Mercado Adolpho Lisboa - o retorno das obras

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Neste dia 28 de fevereiro de 2013, dois jornais anunciaram a visita do Prefeito Arthur Neto ao Mercado Público Adolpho Lisboa, marcando o reinicio das obras de restauro. O Prefeito assumiu no discurso de posse, dia 1º de janeiro deste ano, o compromisso de inaugurar o Mercado no dia 24 de outubro, como presente para a cidade de Manaus. Segundo as matérias dos dois jornais, ambas as partes (contratante e contratado) prometem cumprir o prazo. Nos resta acompanhar e cobrar para que as obras sejam realizadas como precisam ser, com qualidade e respeito ao patrimônio histórico e arquitetônico que constitui o Mercado, e respeito ao patrimônio humano, que envolve todos os permissionários que são a referência viva da história do monumento e das relações que se estabelecem lá. Segue na íntegra as matérias. ********************************************************************** Jornal  Amazonas Em Tempo Prefeitura reinicia restauro do mercado Adolpho Lisboa Publicado em Quinta, 28 Fever

O objeto e o prazer estético

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Cadeira Jacobsen - Formiga Fonte:  http://cadeiraseciabh.wordpress.com/tag/acrilico/ A cadeira é um objeto fascinante, repleto de simbologia e como todo objeto, do ponto de vista da antropologia dos objetos, imprime em nós algumas atitudes e comportamentos, como o modo de sentar. Quem produz um objeto desses, no caso o designer, pensa nessas possibilidades e pensa na estética do objeto, ao escolher a forma, material e cores. A cadeira acima, por exemplo, faz parte do mostruário do  Cadeiras e Cia  e acompanha a seguinte descrição: Cadeira Jacobsen – Formiga Arne Jacobsen (1902 – 1971) foi arquiteto e designer e o exemplo do estilo moderno dinamarquês. Além de sua obra arquitetônica, ele criou um grande número de  cadeiras  e mobiliário originais. Recebeu vários prêmios internacionais por suas criações. Muitas de suas obras se tornaram clássicos do design moderno, como a cadeira Ant (formiga) de 1952 e a Poltrona The Egg, e estão expostos em galerias de todo o mundo. Assento em a

Educação Musical nas escolas: Lei 11.967/2008 - Por Carlos Freitas

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Carlos Freitas Educação musical obrigatória, mas não exclusiva..o que isso significa? Que se deve ter aula de musica, mas não ser única área da arte lecionada na escola... Em primeiro lugar: a escola não tem como suprir a demanda..só na Semed temos quase trezentos mil alunos na rede l!! Outro problema que temos são as visões equivocadas do ensino de música: temos basicamente quatro visões: 1- A visão dos leigos que acham que a musica é feita com brincadeiras e que podemos fazer de qualquer jeito e de qualquer forma. 2- A visão do músico que toca o instrumento e quer fazer um projeto com os ajustes da precisão técnico-instrumental, como se o coral pudesse ter os padrões do filme “Mudança de hábito” ou o aluno que fará no piano uma escala em movimento contrario de duas oitavas, treinando oito horas por dia e colocando esses alunos para tocarem no Teatro Amazonas! 3-temos a visão do professor de música que sabe a realidade, dos que estão na sala de aula, que no município são em

Palavra de Arte Educador - Primeiras Palavras

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Arte educadores no I Seminário de Arte Educação da UEA - Universidade do Estado do Amazonas. Da esquerda para a direita: Evany, Odacy Oliveira, Sidney Silva, Daniele Peinado e Iran Lamego. Estamos abrindo mais uma seção no blog! PALAVRA DE ARTE EDUCADOR, será um espaço para que outros colegas arte educadores contem de suas experiências, sua visão crítica sobre a profissão, partilhem ideias e sugestões nesse nosso campo tão rico. Serão bem-vindos textos na área de música, artes visuais, dança, teatro e novas tecnologias. Salientando que não queremos com isso fazer crítica de arte, mas tão somente discutir sobre nossa profissão de arte educador, nossas experiências e nossa visão diante dos desafios da sala de aula, especialmente no contexto amazônico. Quem está à frente de uma turma de 40 alunos sabe bem que há uma grande diferença entre o que diz a lei sobre o ensino de arte e o que dizem os livros sobre como ensinar arte na escola. Há que ser considerado o que a direção da es

Jogo da Complexidade

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Conviver com crianças nos faz desenvolver e exercitar a criatividade de forma natural, porque o processo de conhecimento, o processo reflexivo filosófico da criança acontece de forma natural (ou pelo menos deveria acontecer). É a descoberta do mundo que encanta e surpreende que vai gerando as questões, as dúvidas. Tenho uma sobrinha de 11 anos que está cursando o 6º ano do Ensino Fundamental (antiga 5ª série), aquela fase escolar em que os conhecimentos são todos compartimentados e temos um professor para cada uma das 9 ou 11 disciplinas. Uma pena que no período em que a criança mais exercita seu conhecimento de mundo ela perceba que tudo tem suas caixinhas e cada professor fala de um jeito diferente, de coisas diferentes, como se não houvesse conexão. Não sou pedagoga nem psicóloga, sou arte-educadora e já trabalhei com crianças de 4 a pessoas de 81 anos. Também já lecionei para alunos do 6º ano. Talvez por essa experiência de trabalho constante com crianças eu tenha desenvolvid

Periódicos de Manaus na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

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A tecnologia e a comunicação virtual vem alterando a forma como nos relacionamos com os objetos físicos. Uma pesquisa em jornal até bem pouco tempo demandava encontrar um local com acervo, disponibilizar do acervo para a pesquisa, equipar-se com luvas e máscaras, anotar tudo ou fotografar. Mas o processo de digitalização vem oferecendo outras possibilidades para a consulta a periódicos raros. Em Manaus é possível encontrar material digitalizado no Museu Amazônico, por exemplo. O acervo da Biblioteca Pública está segue em processo de digitalização. E a Biblioteca Nacional lançou em julho de 2012 o portal da HEMEROTECA DIGITAL , com acervo de periódicos e revistas, desde 1808. "A consulta, possível a partir de qualquer aparelho conectado à internet, é plena e avançada. Pode ser realizada por título, período, edição, local de publicação e palavra(s). A busca por palavras é possível devido à utilização da tecnologia de Reconhecimento Ótico de Caracteres (Optical Character Recogn

'Monumentos Públicos do Centro Histórico de Manaus' no Jornal Diário do Amazonas

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O jornal Diário do Amazonas, deste sábado, 16 de fevereiro publicou uma matéria de página inteira no caderno Plus, sobre o livro 'Monumentos Públicos do Centro Histórico de Manaus', com direito a nota na primeira página. Fiquei muito feliz com o destaque! Como disse em outra postagem anterior, trata-se de uma pesquisa que começou em 1997, quando eu ainda cursava Educação Artística na Universidade do Amazonas, hoje UFAM. A matéria destaca o caráter didático do livro e o quantitativo de praças e peças catalogadas. Agradeço à equipe do Diário do Amazonas, pelo espaço para divulgar este trabalho. Abaixo, deixo o texto na íntegra.  Disponível no site do  Diário do Amazonas , a versão impressa do jornal do dia 16 de fevereiro de 2013.

Imagem & Poema: Os Tetos

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No terminal de integração da Matriz, Centro Histórico de Manaus OS TETOS Teto de telha Teto de nuvem Teto de aparar chuva Teto de fazer chover Telha telha Teto nuvem Se a telha o vento remove E as nuvens se vão ao léu O que fica lá não se move Cobre o mundo o teto céu Teto telha Teto nuvem Teto céu Evany Nascimento

Imagem & Poema: Primeiras palavras

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Às vezes nos deparamos com imagens que aguçam nossa sensibilidade estética e temos a necessidade de escrever sobre isso. Alguns textos são descritivos, outros mais reflexivos... mas alguns textos são poéticos, porque as metáforas dizem sempre mais. A poesia revela! E é com esse espírito que inicio esta nova seção IMAGEM e POEMA. Primeiro vem a imagem que desperta a palavra. Foi isso que aconteceu com as duas imagens que iniciam essa série de postagens. As fotos foram feitas na tarde de quinta-feira, 14 de fevereiro, quando um céu azul coberto por grandes nuvens e arco-íris em alguns pontos, tornou o caminhar pelo Centro da cidade uma deliciosa descoberta de combinações de coisas. Compartilho aqui as duas imagens com trechos dos poemas que serão postados em breve. No terminal de integração da Matriz, Centro Histórico de Manaus.

A Casa das Duas Estações

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Fachada da casa com as esculturas representando as estações Caminhar pelas ruas de um Centro Histórico é correr o risco de encantar o olhar com descobertas de detalhes que a pressa não nos deixa ver. Foi o que aconteceu em nossa Jornada Fotográfica, quando eu e mais dois amigos nos aventuramos a fotografar detalhes da arquitetura do Centro Histórico de Manaus. Saímos os três, da Praça da Saudade, eu, arte-educadora e pesquisadora; Fran Maciel, designer e pesquisadora; e Francisco Pereira, historiador e pesquisador. E todos os três professores. Ao sairmos da Praça da Saudade e chegarmos na rua Ferreira Pena, antes da rua 10 de Julho, nos deparamos com a fachada desta casa. Eu ainda não tinha observado as três esculturas que a adornam. Começamos a fotografar e observar os detalhes. Os três janelões em forma de ogiva fazem parte dos elementos arquitetônicos orientais presentes no estilo eclético de Manaus. Neste momento não me prenderei a analisar os detalhes arquitetônicos do prédi

Monumentos Públicos do Centro Histórico de Manaus - Em breve

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Capa do livro Está chegando!!! É com muita alegria que começo a anunciar o livro "Monumentos Públicos do Centro Histórico de Manaus", um projeto que nasceu em 1997 e que está tomando forma editorial. O objetivo maior do projeto era efetuar o mapeamento do acervo de obras artísticas dos logradouros públicos do Centro Histórico de Manaus, ou seja, das ruas, travessas, becos, avenidas, praças e pontes deste trecho mais antigo da cidade. Para isso, as ruas do Centro foram percorridas várias vezes para registrar o que houvesse de obras. Outro objetivo, mais ambicioso, que foi surgindo conforme as obras iam sendo descobertas, era contribuir, de alguma forma, para a preservação destes marcos e obras artísticas, bem como a memória e a história de cada uma delas que fazem parte do patrimônio cultural da cidade. Porque acredito que conhecendo-as mais, estabelecendo com elas uma relação de pertencimento, podemos reconhecer um valor positivo dos objetos que ajudam a contar a his

Tipos de cestaria: paneiros e outros

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A cestaria amazônica guarda uma infinidade de técnica e um vocabulário que pode confundir, como os cestos. O nome deste blog é PANEIRO, pelo conceito de cesto onde se pode guardar coisas, transportar, servir de embalagem para presente e como elemento decorativo. Um paneiro então é um cesto, mas nem todo cesto é paneiro. Existem vários tipos de cesto e este site sobre a Arte BANIWA  explica bem alguns deles. O site traz muitas outras informações sobre a cultura Baniwa, para este post pegamos apenas algumas informações sobre a cestaria. Mas vale a pena visitar e conhecer mais sobre um dos povos que habitam a região amazônica e contribuem para tornar mais rica a cultura regional. Paneiro Paneiro dzawithída Cesto de trama aberta, feito de cipó titica/uambé/arumã, forrado de folhas de arumã ou de sororoca (Ravenala guaianensis), onde se acondiciona a farinha de mandioca para uso e para venda. Tem sido usado como embalagem descartável dos produtos da linha Arte Baniwa e também

I Jornada Fotográfica do Paneiro - Séries: Portas, Janelas e Luminárias

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Caminhar pelo Centro Histórico de Manaus sem a pressa do dia-a-dia pode surpreender os olhares mais atentos. São mais de 1.500 imóveis de interesse do Patrimônio Histórico pelas suas características arquitetônicas, uma mistura de estilos que compõe o ecletismo que se instalou em Manaus no final do século XIX e início do século XX. São muitos detalhes arquitetônicos presentes nas portas, janelas, fachadas e outros elementos que caracterizam os prédios antigos. Alguns em bom estado, outros ainda esperando a sua hora de sair do esquecimento. No sábado, dia 9 de fevereiro, saímos (eu e mais dois amigos pesquisadores e professores) para uma Jornada Fotográfica em busca de registrar a cidade pela fotografia. Partimos da Praça da Saudade e seguimos pela rua Ferreira Pena até a rua 10 de Julho; daí, subimos a Eduardo Ribeiro até a Praça do Congresso; continuamos pela Monsenhor Coutinho até a Tapajós e encerramos o percurso no Teatro Amazonas. Nestas imagens agrupadas em séries, apresent

Vai pesquisar jornais antigos? Dicas de manuseio.

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Os periódicos são documentos aparentemente banais, quando nos deparamos com eles nas bancas de revistas. Zeca Baleiro até diz em uma de suas músicas que "o jornal de hoje é o papel de embrulho de amanhã". Mas os jornais também são documentos históricos. De tanto nos contar sobre nosso cotidiano, são importantes registros da nossa vida política, econômica, social e cultural. Guardam a memória de tudo o que circula pela cidade. Por isso mesmo são fontes inesgotáveis de pesquisa em todas as áreas do conhecimento. Em uma Biblioteca, os periódicos ocupam um lugar de destaque e exigem um tratamento diferenciado. Manusear um jornal antigo não é como manusear o nosso jornal de domingo, ou manusear uma revista ou nosso livro de cabeceira. Um jornal antigo requer um ritual. Apresento aqui algumas dicas sobre como manusear esses documentos preciosos. Algumas dessas dicas aprendi na Biblioteca Pública do Amazonas e no Arquivo Público em 1997, quando comecei a pesquisar em documentos