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Mostrando postagens de 2010

O Homem Bicentenário

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Alguns filmes me emocionam no instante em que vejo... me fazem pensar e repensar minha própria vida. Alguns são instrumentos didáticos, outros inspiração para serem vistos sempre que a esperança e a sensibilidade precisarem ser alimentadas. O Homem Bicentenário é um desses filmes. Lançado em 1999 e passado várias vezes na tv aberta, sempre me deixa inquieta. Como produção cinematográfica, não recebeu boas críticas. Foi indicado ao Oscar: melhor maquiagem e melhor roteiro adaptado. Além disso, Robim Willians recebeu indicação de pior ator no Framboesa de Ouro. Apesar e por conta disso, digo que a crítica não é tudo. E que há motivos para que determinados temas não sejam valorizados em determinados momentos. Com as máquinas invadindo de forma invisível as nossas vidas, por vezes não sabemos quem comanda quem: se o homem comanda a máquina ou o contrário. Porque nossas ações também são determinadas pelo uso que fazemos da tecnologia que nos rodeia. E o filme é bom para pen

O Menino que sabia sonhar

O Musical O musical O menino que sabia sonhar , foi um projeto realizado com alunos do 6º ao 9º ano de uma escola pública em Manaus/AM, no segundo semestre de 2009. O projeto consistia na formação de um grupo com coro e dança para o musical de encerramento das atividades da escola. Apenas 10% do que foi programado inicialmente, foi realizado. Nem por isso o projeto deixou de ter êxito. O público Os alunos da escola tinham, em sua maioria, entre 10 e 15 anos. Uma idade em que são agitados e um pouco agressivos, com muita energia para aplicar em atividades que a escola, muitas vezes não está preparada. O repertório Optei por um repertório que fugisse das canções tradicionais de Natal. E um tema inicial foi pensado a partir da realidade da escola: a adolescência. Esse tema se transformou em o menino que sabia sonhar . Então, busquei no meu repertório conhecido, algumas canções onde aparecia a figura do menino que parecia com aqueles meninos da escola e seus sonhos. A canção cujo

Como ler no doutorado

Esta lista de 22 dicas (até o momento desta publicação), começou como uma brincadeira, diante das exigências e da complexidade de uma leitura num curso de pós-graduação. E como minha pesquisa trata diretamente de análise do discurso, envolve a história das ideias, a exigência foi um choque. Passado o susto, comecei a retirar dos próprios textos e das observações dos professores em sala, alguns caminhos para facilitar a compreensão dos textos lidos. Segue o resultado destas anotações. Estou aprendendo a ler ainda. Mas, essas questões estão me ajudando. http://www.slideshare.net/evanynascimento/como-lernodoutorado Apresento a seguir a lista (que segue comentada no link acima): 01. O que ler? 02. Por que ler? 03. O que o autor está dizendo? 04. Qual o argumento principal? 05. Por que ele está dizendo isso? 06. De onde ele está dizendo? 07. Ele concorda com quem? 08. Ele se opõe a quem? 09. Para quem ele está falando? 10. Quem ganha com as ideias dele? 11. Que leituras (i

Oficina de Análise de Imagem

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Olá, pessoal! Estou revisitando meus arquivos de aulas e reeditando materiais e ideias que funcionaram bem para disponibilizar aqui. Encontrei este material de uma oficina que preparei para o curso de Design: Imagem: uma construção semiótica . Trata-se de um material com 70 slides com exercícios de análise de imagem com a sequência: 1) A imagem como propaganda; 2) A imagem como narrativa; 3) A imagem como enigma; 4) A imagem como testemunho; 5) A imagem como reflexo; 6) A imagem como memória; 7) A imagem como realidade criada; 8) A imagem como conceito; http://www.slideshare.net/evanynascimento/oficina-imagem Aqui é possível visualizar e  baixar o material. Segue com anotações e sugestões para as análises e pode ser apresentado em partes ou como oficina (com duração prevista de 4 horas). A imagem ao lado (foto de Heitor Costa), é chamada de Medusa. No material disponível, faço algumas leituras a partir dos elementos simbólicos que a imagem apresenta.

Monumentos de Manaus

Ainda sobre os preparativos para o aniversário da cidade de Manaus, aproveito para partilhar mais um material de aulas e oficinas. http://www.slideshare.net/evanynascimento/monumentos-manaus Aqui tem um fichamento sobre os principais monumentos escultóricos do Centro Histórico de Manaus, com imagem e informações técnicas, históricas e estéticas sobre cada um. Dá pra levar pra sala de aula, fazer um jogo da memória e aprender um pouco mais sobre Manaus. Inté!

Manaus: memória e patrimônio

Pensando no aniversário da cidade de Manaus, que acontece no próximo dia 24 de outubro de 2010, quando a cidade comemora 341 anos de fundação, lembrei de um material que havia preparado para minhas aulas e oficinas e decidi partilhar. http://www.slideshare.net/evanynascimento/manaus-memriapatrimnio Neste link é possível visualizar o power point e baixar o material. Apresento alguns conceitos básicos de memória e patrimônio, com uma síntese histórica da cidade de Manaus. O material está composto por imagens antigas da cidade de Manaus e traz uma breve cronologia histórica. É parte da minha dissertação de mestrado: Patrimônio e Memória da Cidade: Monumentos do Centro Histórico de Manaus, defendida em 2003. Espero que aproveitem! Inté!

A Força Que Nunca Seca

A força que nunca seca (Chico César – Vanessa da Mata) Cd: Vanessa da Mata Já se pode ver ao longe A senhora com a lata na cabeça Equilibrando a lata vesga Mais do que o corpo dita O que faz o equilíbrio cego A lata não mostra O corpo que entorta Pra lata ficar reta Pra cada braço uma força De força não geme uma nota A lata só cerca, não leva A água na estrada morta E a força nunca seca Pra água que é tão pouca Tão linda que dói! Porque a beleza também dói! Pensando o que é a beleza na arte, nos vários conceitos de beleza, no poder que a arte tem de representar a realidade e no próprio conceito de arte, esta música me permitiu algumas reflexões. Aqui não há como ignorar o poder da arte em apresentar, com beleza, a realidade. E aqui, a beleza está no cotidiano, o mais comum dos acontecimentos, é visitado com a beleza da poesia, da música, da voz. E é elevado à oração, à arte, à beleza que dói de tão tocante e forte. A simplicidade como

O que é um paneiro

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Este blog recebeu o nome de PANEIRO porque é um objeto da região norte e que tem vários usos: guardar, transportar, enfeitar. Seu acondicionamento é fácil, pois podem ser colocados um dentro do outro e não ocupa muito espaço. Não pesa e pode ser levado para vários lugares. Possui vários tamanhos. E a ideia deste blog é exatamente isso: cabe tudo no paneiro! Esta é a música do grupo regional Raízes Caboclas, com um trecho do cancioneiro folclórico da região do interior do Amazonas, falando sobre a "serventia" e a simbologia do PANEIRO. Eu gosto dessa ideia! Paneiro é coisa comum Em todo barraco tem Não custa muito dinheiro Nem custa fazer também Mas quero levar comigo Pra sempre no coração A lição que o paneiro ensina Como é bela a união As talas que viram adubo Nas matas sem serventia Mas agora de mãos dadas Todas têm força e valia Mas quero levar comigo Pra sempre no coração A lição que o paneiro ensina Como é bela a união (Música do folclore amazonense,

Aos professores - Música: Minha Casa - Zeca Baleiro

Há anos sou fã das músicas do Zeca Baleiro. Ouço por horas seguidas. E em muitos momentos de ócio criativo, ouso refletir sobre o sentido das letras, pra mim. Esta reflexão foi escrita há 3 anos. É uma análise datada e mergulhada em romantismo e idealismo. Resolvi partilhar hoje, em homenagem aos meus colegas professores românticos e idealistas, que ainda acreditam que podem mudar o mundo! E ai do mundo, se os professores não acreditassem nisso! Esta música faz parte do cd Líricas . Particularmente acho que não teria título mais cabível a esta coleção de músicas que são tão poéticas e suavemente lindas, como as pinturas de Renoir. E o cd começa justamente com a música Minha Casa . Ao ouvi-la com mais atenção e calma me emocionei do começo ao fim. E concordei com tudo. Mas vamos por partes.             é mais fácil cultuar os mortos que os vivos Essa frase não precisa nem de comentários mas, vou fazer assim mesmo. Quantas mentes brilhantes nós só descobrimos quando perdemos?