PortalD24AM prepara roteiro de museus e opções culturais para janeiro em Manaus

Exposições, fotos e vídeos fazem parte do roteiro de museus preparado pelo PortalD24AM para quem quer aproveitar as férias para conhecer a memória da região.
[ i ]Exposições, câmeras antigas, objetos regionais e até animais podem ser vistos pelo público.
Manaus - O roteiro de férias pode começar no Palacete Provincial, inaugurado em 1861 na Praça Heliodoro Balbi. O prédio histórico abriga seis mini museus, como: Palacete Provincial, Pinacoteca, Imagem e Som, Arqueologia, Tiradentes e Numismática. Por lá, o visitante embarca em uma viagem a Manaus do século 19.
As visitas são gratuitas nos seguintes horários: terça e quarta (9 às 17h), quinta a sábado (9 às 19h) e domingo, de 16 às 20h.
No salão 'Palacete Provincial', o público conhece, por meio de fotografias e vídeos, como o prédio estava antes do processo de restauração e da reinauguração, ocorrido em março de 2009.
Em um dos painéis expostos, há bilhetes de inúmeros funcionários que trabalharam nesse processo, com destaque para um que diz: "Impressionante, a vida surge de novo". É essa mesma ideia que a guia do salão, Áquila Priscila, possui ao afirmar que, ao ver o antigo as pessoas tendem a preservar o novo.
"Os visitantes ficam surpresos quando vêem como estava e como ficou com a restauração e, assim, cuida melhor do patrimônio. É a nossa história aqui registrada", disse a guia.
A 'Pinacoteca do Estado', criada em 1965, expõe ao público 159 quadros, em sua maioria de artistas amazonenses, como Francisco Aurélio Figueiredo, que tem sua obra, de 1900, "Banho de Ceci", como destaque no salão. Nesse setor, após a visitação, as crianças têm acesso aos quebra-cabeças lúdicos, fazendo referência às obras ali apresentadas.
No museu 'Imagem e Som', são disponibilizados ao público, para acesso local, cerca de 3 mil filmes e 700 livros, que abordam diversos assuntos relacionados à cidade de Manaus desde a Era da Borracha. O local, atualmente, apresenta três exposições aos visitantes que abordam o Cine Guarany, o primeiro cinema de Manaus, Silvino Santos e máquinas fotográficas.
Equipamentos utilizados pelos profissionais da área e fragmentos encontrados em diversos pontos da Região Amazônica podem ser vistos de perto no Museu de Arqueologia do Palacete. Respostas a ‘o que’, ‘por que’, ‘como’ e ‘para quem’ preservar estes fragmentos são respondidas por meio de painéis explicativos por todo salão.
Equipamentos utilizados pelos profissionais da área e fragmentos encontrados em diversos pontos da Região Amazônica podem ser vistos de perto no Museu de Arqueologia do Palacete.
"Temos aqui o único museu autoexplicativo de como funciona o sistema arqueológico, e com um contato bem mais direto pela proximidade com o que é encontrado nos bairros de Manaus ou nas regiões próximas como Urucurituba e Manacapuru", disse Áquilla.
No salão que antecede o Museu 'Tiradentes, o visitante encontrará a exposição 'Esculturas do Mundo', que conta a história da arte com réplicas de esculturas, feitas de resina, dos períodos egípcio, grego, da renascença, dos séculos XVII e XVIII e Modernismo.
O 'Tiradentes' conta ao público, por meio de grandes painéis, vídeos, armamentos, medalhas, condecorações, munições e mobiliários a história da Polícia Militar no Amazonas.
O nome do museu faz referência ao Patrono da Polícia Militar do Brasil, e dentre as atrações que mais despertam a curiosidade dos visitantes, segundo o guia Antônio de Souza, estão as armaduras medievais e porta de uma das celas da PM, pois passa despercebido pelo público, que o Palacete já funcionou como presídio, onde abrigava militares, cíveis e políticos.
No local, há ainda uma exposição sobre o Batalhão do Amazonas e algumas guerras que participaram como a Guerra de Canudos, ocorrida na Bahia, em 1896.
O último salão do Palacete abriga o museu Numismática, com um acervo de, aproximadamente, sete mil moedas, cédulas, medalhas e condecorações.
O público tem acesso às moedas de todos os continentes no local, mas as que despertam maior interesse são as coleções de ouro e da época antes de Cristo.
Musa, um museu vivo
Com a proposta de criar um novo olhar sob a natureza e toda a diversidade que ela oferece, o Museu da Amazônia (Musa) atua desde 2011 no Jardim Botânico Adolpho Ducke, localizado no bairro Cidade de Deus, zona leste da capital, apresentando ao público espécies da fauna e flora amazônica e os modos de vida dos seus povos.
A visitação guiada ocorre gratuitamente de terça-feira a domingo, das 8h às 12h e 13h às 17h. Para grupos grandes, o Musa exige agendamento com antecedência, por meio do telefone 8131-2453 ou pelo e-mail musa@museudaamazonia.org.br.
O espaço oferece, hoje, duas grandes exposições aos visitantes: ‘Peixe e Gente’ e ‘Sapos, Peixes e Musgos’. Além disso, o visitante tem acesso ao laboratório de borboletas, plantação de orquídeas e bromélias e as trilhas que duram cerca de 40 minutos.
Nas trilhas, o monitor expõe a diversidade de árvores, das orquídeas, das bromélias, da colônia de samambaias e palmeiras. “E quando se vê uma árvore caída, pode-se abordar o tema da sucessão florestal", explicou a ecóloga Fernanda Meirelles.
Para o coordenador Ennio Candotti, o Musa é "um museu vivo da floresta na floresta", pois permite aproximar das pessoas, assuntos que no dia-a-dia são distantes das suas realidades.
Outro diferencial, destacado por Candotti, é a valorização da biodiversidade como objeto de exposição ao público. "Os museus são coleções de fotografias, nós somos um filme em tempo real", ressaltou.
A exposição 'Peixe e Gente' apresenta ao público a relação das tribos Tukano e Tuyuka com a pescaria e é possível observar como são feitas e utilizadas as armadilhas que usam no Alto Tiquié.
A técnica em áudio e visual Vanessa Gama conta que, desde o preparo das armadilhas até o momento de colocá-las em execução, os índios fazem alguns ritos, dentre eles, a abstinência sexual.
"Eles usam talos de madeira, cipó, os produtos da floresta para as armadilhas, e vão para dentro do mato, ficam isolados para que estejam puros na hora que lançarem as armadilhas nos rios", contou Vanessa.
Há, ainda, uma representação de uma típica cozinha indígena da tribo Tukano, feita apenas de palhas e com amarras, expondo utensílios de cerâmica e cestarias.
Na 'Sapos, Peixes e Musgos', os modos de reprodução, alimentação e como vivem essas espécies são mostrados em painéis, vídeos e stands. Os sapos, reproduzidos na mostra apenas em quadros, podem ser vistos nas caminhadas, durante as trilhas.
Emerson Pontes, monitor da exposição, destacou a Lenda do Muiraquitã, que sempre desperta a atenção dos visitantes. "O muiraquitã é um amuleto que as Icamiabas dão aos seus parceiros para que eles sejam sempre bem recebidos onde forem e tenham poder".
Ao final da explicação, o visitante pode testar sua memória no Jogo do Cururu, onde o objetivo é relacionar o coacho ao sapo correspondente.
Visitando Manaus pela primeira vez, o casal de paulistas, o contador Ariomar Prado, 57, e a professora Marlene Giozzet, 51, demonstraram encantamento com a biodiversidade que a capital oferece.
"Estamos na cidade há 10 dias e só passeando, adorando", disse o contador que já conheceu com a esposa o Encontro das Águas e Novo Airão, onde mergulharam com botos. Sobre a visita ao Musa, a professora afirmou ser "super interessante".
"Atuo na área de Biologia e estou fotografando muito para depois compartilhar com meus alunos e comentar com eles sobre o que vi", finalizou.

D24, 10.01.2013
http://www.d24am.com/plus/artes-shows/portald24am-prepara-roteiro-de-museus-e-opces-culturais-para-janeiro-em-manaus/77844 

Comentários