A cidade que resiste no Centro Histórico

Feira improvisada, instalada nos finais de tarde no Terminal de Ônibus da Matriz - Centro Histórico de Manaus

Ao passar pelas ruas do Centro Histórico de Manaus, não há como não perceber a deterioração dos elementos urbanos, do traçado da cidade, das fachadas, a falta de calçadas, e a grande quantidade de pessoas que aproveitam o movimento intenso do centro comercial, para vender seus produtos, seja em uma barraca permanente, em carros-de-mão que vem e vão ou em suportes presos ao corpo. Há uma cidade inteira, orgânica, pulsante, viva e como elemento orgânico e vivo, ela apodrece nas proximidades do porto. O Terminal da Matriz é hoje o maior gargalo para os projetos de revitalização do Centro Histórico, porque este amontoado de problemas parece não ter solução.

Uma coisa interessante para refletir, e que será motivo de outro texto mais denso, é a seguinte questão: Qual é a cidade que resiste no Centro Histórico? Será a cidade construída no período da borracha, que mesmo em ruínas, ainda resiste à depredação causada por esse uso desordenado do espaço público? Ou será a cidade dos vendedores informais, cujas práticas se observa em vários portos do interior do Amazonas e que aqui ainda insiste em se fazer notar na entrada da cidade de Manaus?

Por isso concordo com o poeta e jornalista Aldísio Filgueiras, ele disse que Manaus é uma cidade tão complexa que só se define no plural. Manaus não é uma só, são muitas cidades.







As mercadorias parecem chegar diretamente do porto, que fica nas proximidades, ou da Feira da Manaus Moderna,.

Rua onde fica o prédio do Instituto do Patrimônio Histórico. Todos os dias esse trecho fica tomado por lixo.

Não poderia faltar o "tradicional" churrasquinho de rua, que pode ser encontrado em vários cantos da cidade onde há grande fluxo de pessoas.


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