O Largo de São Sebastião como espaço de protestos

Há alguns anos, desde que foi revitalizado, o Largo de São Sebastião tem servido para reunião de grupos para manifestações populares. Muito importante essa tomada de espaço da praça. Primeiro que ela é muito simbólica do ponto de vista histórico por ser palco do Teatro Amazonas, o principal ícone do poder da economia da borracha e das artes clássicas em Manaus. É quase como se fosse obrigação, ao se falar de Manaus, estar na frente do Teatro Amazonas. É onde se tem maior visibilidade. Segundo, porque o espaço público é para ser ocupado pelo público, e estamos ocupando a praça com muitos eventos, além dos eventos promovidos pela Secretaria de Cultura. E porque o espaço amplo e bem conservado oferece essa possibilidade. Também vale ressaltar que ainda não vi comentários de impedimentos sobre o uso da praça para esses fins. Os guardas que ficam por lá, passam, olham, e não interferem diretamente. Que bom! E que bom  que Manaus também está respondendo à esse momento retrô, onde pipocam manifestações, greves e atos públicos por todos os lados, como acontecia nos anos 1980 e 1990.

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Em Tempo
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16/06/2013 21h34 - Atualizado em 16/06/2013 21h48

No AM, 'oficina de cartazes' 



discute sobre protestos



sem confrontos

Estudantes querem evitar violência e confronto com polícia durante protestos.
Encontro, organizado pela internet, aconteceu no Centro de Manaus.

Do G1 AM
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Enquanto cartazes eram pintados, grupos discutiam sobre as próximas manifestações (Foto: Romulo de Sousa/G1 AM)Enquanto cartazes eram pintados, grupos discutiam sobre as próximas manifestações (Foto: Romulo de Sousa/G1 AM)
Na tarde deste domingo (16), estudantes do Amazonas promoveram uma oficina de cartazes com foco em futuras manifestações. O encontro, organizado pela internet, aconteceu no Largo São Sebastisão, localizado no Centro de Manaus. Segundo o grupo, a reunião também teve o objetivo de discutir formas de evitar violência e confronto com a polícia durante os protestos. Lonas de plástico foram usadas para evitar que a tinta danificasse o calçadão da praça.
Os estudantes também buscam o apoio da população. "Nós que vamos às ruas, lutamos a favor dos direitos deles e jamais contra eles, mas não é assim que somos enxergados", afirmou um estudante de administração, de 23 anos, que se prepara para uma provável manifestação a favor da revisão dos preços cobrados no transporte coletivo de Manaus, programada para acontecer no dia 20 deste mês.
Estudantes discutiram problemas sociais do Brasil  (Foto: Romulo de Sousa/G1 AM)Estudantes também discutiram problemas sociais do Brasil (Foto: Romulo de Sousa/G1 AM)
No encontro, os estudantes lembraram os protestos contra o aumento da passagem que aconteceram na úlitma semana em São Paulo e no Rio de Janeiro. "Nós também, é claro, estamos nos solidarizando com as causas do Brasil todo. É importante que nessas manifestações sejam discutidos os problemas do país. A própria população tem que olhar para os problemas e admitir que não estamos tão bem assim", disse Samantha, estudante da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
A jornalista Flávia Lopes, de 23 anos, afirmou que as manifestações são contra o vandalismo. "Infelizmente, é difícil evitar que pessoas mal intencionadas façam baderna, porém você observa as pessoas interagindo e também um clima de tranquilidade", destacou.

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