Manaus Tricentenária - poema de Padre Nonato Pinheiro


Três séculos volveram na ampulheta
Do tempo, linda urbe rio-negrina,
Da civilização flor peregrina
Beijando a Selva, pulcra borboleta!...

Quisera cores mil numa paleta,
O verso de ouro, a rima alabastrina
Para esculpir uma obra de arte fina,
A cada herói belíssima estatueta!

Três centúrias se escoaram, - diz a História!
De d´Almada e Ribeiro canto a glória,
E de teu fundador, Mota Falcão!

És meu berço natal, gloriosa Taba!
E o sangue de arrebóis de Ajuricaba
Corre em golfadas no meu coração!...

18 de abril de 1969.
O autor dedicou o poema a todos os intelectuais
que como ele, nasceram em Manaus.





Fonte: http://historiadosamantes.blogspot.com.br/2010/04/pe-nonato-pinheiro.html
Pe. Raimundo Nonato Pinheiro. Amazonense de Manaus, onde nasceu a 10 de maio de 1922 e faleceu a 9 de setembro de 1994. Sacerdote, filólogo, jornalista, professor, ensaísta, polemista, foi um extremado defensor do idioma pátrio. Pertenceu, sempre com muito destaque e fazendo parte de suas diretorias, ao Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e à Academia Amazonense de Letras.



Extraído do livro: 
332 anos de Manaus: História & Verdade. Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Manaus: Editora Valer/Governo do Estado, 2001.

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