Mercado Adolpho Lisboa tem obras aceleradas

Matéria do jornal Amazonas em Tempo que dá conta das obras de RESTAURO do Mercado Adolpho Lisboa, a extensão do prazo de trabalho para a entrega do prédio no dia 24 de outubro, conforme promessa do Prefeito Arthur Neto. Interessante é a manchete, afirmando a importância do prédio para a história da cidade.

Em Tempo

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Volta do ‘Mercadão’ pode recuperar a história da cidade

Obras de recuparação do mercado estavam paradas há seis anos - foto: Ione Moreno
Obras de recuparação do mercado estavam paradas há seis anos - foto: Ione Moreno
 
É impossível não se emocionar ao entrar no mercado 'Adolpho Lisboa' e ouvir o barulho de ferramentas e ver operários em movimento, num ritmo frenético de quem tem pressa.

São oito anos entregue à própria sorte. Povoado por sapos, ratos, baratas e, acredite, sem os famosos vitrais importado de Paris que foram estilhaçados quando trabalhadores mal orientados tentaram retirá-los para recompor a sustentação de ferro fundido.

Num festival de burocracia e desmandos, as obras no Adolpho Lisboa foram embargadas diversas vezes pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e Ministério Público Federal (MPF).

Para felicidade geral da aldeia, as obras do mercado 'Adolpho Lisboa' avançam em ritmo acelerado. Apesar da burocracia do engenheiro responsável pela obra, contratado da Biapó, de Goiânia (GO), uma equipe do EM TEMPO conseguiu passar a manhã de quinta-feira dentro do canteiro de obras do mercado Adolpho Lisboa, assessorada pela arquiteta Fabrícia dos Santos Morais.

Fabrícia explica que as obras estão obedecendo a cronograma de trabalho e devido ao prazo curto para a reinauguração, a jornada de trabalho foi ampliada para mais uma hora. Agora as equipes trabalham de 7h às 18h.

A construtora Biapó garante que já executou mais de 60% da obra, que deverá custar aos cofres públicos R$ 15 milhões.  Já estão prontos, por exemplo, o telhado dos  pavilhões,  a pavimentação interna, que interliga os pavilhões, com a iluminação cênica. Outras áreas, no entanto, foram reformadas agora.

É o caso dos  pavilhões do Peixe, Carne, Tartaruga, Amazonas e Pará.  Já no chamado  Pavilhão Frontal (cuja vista dá para a rua dos Barés), que abrigará boxes e restaurantes, se encontra  em fase de pintura final. Também já foi concluído o calçamento com as polêmicas pedras de "lioz", que  cerca a área externa do mercado.

A história do Mercadão

O "Adolpho Lisboa", que recebeu esse nome em homenagem ao prefeito da época, que construiu uma nova fachada de frente para a rua dos Barés e, modesto,  resolveu colocar seu nome no edifício, começou a ser construído em agosto de 1882, e só viria a ser inaugurado em 15 de  julho de 1883.

Trata-se de uma cópia fiel, em miniatura,  do extinto mercado Les Halles, de Paris. Sua arquitetura obedece ao estilo art nouveau  da época e sua estrutura exibe armações grades e arcos de ferro importado da Europa.

Diante da imponência de sua arquitetura e o que representa para a história da cidade,  o mercadão foi tombado em 1º de julho de 1987 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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