Design Gráfico na Belle Époque Manauara

Capa do livro 
O livro A ilusão do fausto, da historiadora Edinea Mascarenhas Dias, é um dos grandes representantes de um olhar da margem para o apogeu do ciclo da borracha e todas as transformações urbanas e culturais operadas a partir dele, na cidade de Manaus. Além deste discurso que apresenta as desigualdades da cidade da borracha, a autora traz algumas imagens importantíssimas sobre este período, entre elas, algumas propagandas que eram veiculadas em cartazes e jornais da época.

Sobre isso, lembramos que uma história do design no Amazonas ainda precisa ser desenhada. Alguns elementos aparecem assim em pesquisas históricas, em jornais de época, em blogs espalhados pelo mundo virtual. Aproveito então, para divulgar as imagens que a historiadora coletou em suas pesquisas especialmente nos arquivos do IGHA - Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.

As fotos seguem com as legendas que constam no livro.


Reclame da fábrica de águas gasosas de Andrade Irmãos, fabricantes e revendedores de bebidas das mais diversas origens. Observa-se a qualidade artística do material.

Reclame da casa Itatiaya, fabricante dos cigarros Itatiaya, em instalada na Rua Municipal, nº 68.

Anúncio da loja de modas O Novo Mundo, localizada na Rua Joaquim Sarmento, nº 2 - especialista em artigos femininos.

Cartaz litográfico da casa Rouaix & Cia, sucessores da antiga Casa de Madame Marie, especialista em roupas finas e adereços para senhoras, localizada na Av. Eduardo Ribeiro com a Rua Municipal.

Anúncio mostrando o interior do Bazar Amazonense, especialista em artigos masculinos e fazendas finas, localizado na Rua dos Barés, nº 1. Para ser elegante em Manaus era preciso, no mínimo, importar tecido.

Propaganda dos "Armazens Andresen" sociedade anônima, cujos sócios portugueses tinham origem dinamarquesa, instalado na Praça Tamandaré, ocupava as esquinas das ruas Guilherme Moreira e Marcílio Dias. Além de comerciantes, eram armadores fluviais.

Cartaz litográfico da Pharmacia Cesario, estabelecida na Rua Marcílio Dias. Atente-se para a bela policromia, produzida pelas oficinas Gallimard, Paris.

Cartaz de divulgação da tradicional casa de modas e confecções Au Bon Marchê, estabelecida na Rua Municipal, 67. Foi, durante anos, ponto de elegância da sociedade manauense. Tempos eufóricos da belle époque.
Fonte: DIAS, Edinea Mascarenhas. A ilusão do fausto: Manaus - 1890-1920. Manaus: Editora Valer, 2007.

Comentários

  1. bela postagem me encanta saber da nossa estoria de época

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  2. Quanto sangue indígena teve que ser derramado, quantas pessoas exploradas nos seringais, quantos foram mortos para manter o luxo de poucos?

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