As Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino
Esse livro do Ítalo Calvino me acompanha desde longa data. Desde o início das minhas pesquisas sobre patrimônio urbano de Manaus, ainda na graduação, quando eu nem entendia bem o que eu estava pesquisando. Na ocasião foi minha professora orientadora, Dra. Lucyane Páscoa, quem me apresentou. É um livro que redescubro a cada nova leitura. E todas as leituras são sempre prazerosas e cheias de boas descobertas. Segue então algumas anotações sobre o livro, desta vez sem excertos, porque se eu for retirar os trechos que considero mais marcantes, corro o risco de copiar todo o livro. O fichamento está organizado pelas temáticas apresentadas por Calvino e indicando o número da página. Segue também o link para baixar esse material em pdf.
Estrutura e organização do texto
As cidades e a memória
Link para baixar em pdf: http://www.slideshare.net/evanynascimento/cidades-invisveis-12805518
CALVINO, Ítalo
AS CIDADES INVISÍVEIS
São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
1a Ed. [Le città invisibili, 1972]
Tradução: Diogo Mainardi
2ª edição/3ª reimpressão (2005)
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“Ítalo Calvino (1923-1985) nasceu em Santiago de Las Vegas, Cuba, e foi para a Itália logo após o nascimento. Participou da resistência ao fascismo durante a guerra e foi membro do Partido Comunista até 1956. Publicou sua primeira obra, A trilha dos ninhos da aranha, em 1947.”
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São 54 cidades com nome de mulher, descritas e organizadas em 9 grupos e 11 categorias (memórias, desejo, símbolos, delgadas, trocas, olhos, nome, mortos, céu, contínuas, ocultas); a cada novo grupo, uma nova categoria. E entre um grupo e outro, a conversa direta entre Marco Polo e Kublai Khan.
- Diomira: encantadora para quem chega nas noites de setembro; (11)
- Isidora: onde "os desejos são recordações"; (12)
- Zaíra: "a cidade contém seu passado"; (3)
- Zora: os percursos do olhar, onde "permanecer imóvel é ser esquecida"; (19)
- Maurília: os cartões-postais – "os velhos cartões representam outra cidade"; (30)
As cidades e o desejo
- Dorotéia: "muitas estradas se abriam para mim"; (13)
- Anastácia: "cidade enganosa"; (16)
- Despina: por terra ou por mar, percepções diferentes; (21)
- Fedora: "os habitantes escolhem a cidade de acordo com o desejo"; (32)
- Zobeide: cidade-armadilha; (45)
As cidades e os símbolos
- Tamara: placas – "coisas que significam outras coisas"; (17)
- Zirma: "a cidade é redundante (...) a memória é redundante"; (23)
- Zoé: onde as referências se confundem; "é o lugar da existência indivisível"; (34)
- Ipásia: "os símbolos formam uma língua, mas não a que você imagina conhecer"; (47)
- Olívia: a cidade como discurso; "a mentira não está no discurso, mas nas coisas"; (59)
As cidades delgadas
- Isaura: religiões – "a cidade que se move para o alto"; (24)
- Zenóbia: palafitas, a cidade dá forma ao desejo ou por ele é modificada; (36)
- Armila: encanamentos – a cidade das ninfas; (49)
- Sofrônia: duas cidades – uma desmontável e outra fixa; (61)
- Otávia: "rede que serve de passagem e sustentáculo"; (71)
As cidades e as trocas
- Eufêmia: mercadores – trocas materiais e simbólicas; (38)
- Cloé: estranhamento coletivo – encontros furtivos sem se dar a conhecer; (51)
- Eutrópia: uma cidade habitada, as outras desertas para as trocas; (62)
- Ercília: "a cidade construída em outro lugar"; (72)
- Esmeraldina: "rede de trajetos"; (83)
As cidades e os olhos
- Valdrada: a cidade feita para ser vista, consumida com os olhos; (53)
- Zemrude: a cidade vista de cima e vista de baixo (panorama e percurso); (64)
- Bauci: cidade alta, os habitantes não descem; (73)
- Fílide: surpresas intermináveis ao olhar; (85)
- Moriana: o lado de fora e o avesso, que não se encontram nem se separam; (97)
As cidades e o nome
- Aglaura: a cidade como discurso; (65)
- Leandra: deuses da casa e da cidade; a casa como miniatura da cidade; (74)
- Pirra: as cidades não cabem nas palavras; (87)
- Clarisse: decadência e florescência; mudanças materiais e simbólicas; (98)
- Irene: "a cidade muda à medida que nos aproximamos dela"; (114)
As cidades e os mortos
- Melânia: os dialogadores morrem e os diálogos mudam; (76)
- Adelma: "um momento que os mortos são mais numerosos que os vivos"; (89)
- Eusápia: a cidade dos vivos que copia sua cidade subterrânea; (101)
- Argia: cidade subterrânea; (116)
- Laudômia: a cidade dos mortos e dos não-nascidos; (127)
As cidades e o céu
- Eudóxia: o tapete e a cidade – um, obra dos deuses, outro dos homens; (91)
- Bersabéia: toda cidade tem uma projeção celeste e uma infernal; (103)
- Tecla: uma cidade em construção, sem andaimes ela desmorona, não só ela; (117)
- Perínzia: a cidade que esconde seus monstros; (130)
- Ândria: confiança e prudência para conduzir a cidade; (136)
As cidades contínuas
- Leônia: quanto mais a cidade expele, mais acumula coisas; (105)
- Trude: as cidades são iguais; (118)
- Procópia: multidão sem espaço na cidade; (132)
- Cecília: a cidade labiríntica, "os espaços se misturam"; (138)
- Pentesiléia: a cidade onde não se chega ou sai; (142)
As cidades ocultas
- Olinda: as mudanças da cidade são gestadas dentro da cidade; (119)
- Raíssa: "a cidade infeliz contém a feliz que nem sabe que existe"; (134)
- Marósia: a cidade do rato e da andorinha, alternância; (140)
- Teodora: a cidade que vive na biblioteca; (144)
- Berenice: a cidade justa e a injusta alternam-se, contidas uma dentro da outra; (146)
Link para baixar em pdf: http://www.slideshare.net/evanynascimento/cidades-invisveis-12805518
Obg, esse post foi mto útil para fazer meu trabalho!!
ResponderExcluirobg
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