A cidade das palavras - Alberto Manguel

Apresento agora o fichamento de um livro que abriu janelas para que eu pensasse a cidade também de uma forma poética. Juntamente com AS CIDADES INVISÍVEIS, este A CIDADE DAS PALAVRAS é inspirador. Já li outros livros de Alberto Manguel: Lendo Imagens, é um livro fantástico, com o qual produzi uma oficina de leitura de imagens (os slides foram também publicados no blog); e Uma história da leitura, que ainda não terminei de ler. Gosto da narrativa do Manguel porque ele é um contador de histórias e isso é encantador! Segue então as anotações do livro e o link para baixar em pdf.



Alberto Manguel
   

Referência bibliográfica
MANGUEL, Alberto. A cidade das palavras: as histórias que contamos para saber quem somos. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 151 pág.



Palavras-chave

Cidade - Palavras - Histórias


Conceitos
Linguagem – Artífice – Contador de histórias – O outro


Notas sobre o autor
"Alberto Manguel é cidadão canadense, nasceu em 1948, em Buenos Aires, e vive atualmente no interior da França. Editou uma dúzia de antologias de contos, como o que reúne os melhores Contos de horros do século XIX, publicada pela Companhia das Letras, que também lançou Os livros e os dias, Uma história da leitura, Lendo imagens, No bosque do espelho, Stevenson sob as palmeiras, O amante detalhista, A biblioteca à noite e Dicionário de lugares imaginários (com Gianni Guadalupi)." (orelha do livro)


Resumo
O autor parte de cinco histórias, intituladas de capítulos, para discutir as questões de linguagem, cultura e identidade, leitura do mundo a partir das histórias: A voz de Cassandra, As tabuletas de Gilgamesh, Os tijolos de Babel, Os livros de dom Quixote e A tela de Hal. Expõe pensamentos científicos e literários, incluindo o cinema, para falar da difícil arte de conviver com o outro.


Hipótese 
"Por impalpáveis que sejam, nossas linguagens nos dão o poder de impor alguma ordem ao mundo; é por meio de histórias contadas e recontadas que constituímos nossas identidades; por fim, é nas palavras da literatura que traduzimos o melhor de nosso esforço para imaginar a vida em comum." (orelha do livro)

Objetivo
Contribuir para elucidar questões centrais como: "Por que buscamos definições de identidade nas palavras e qual é, nessa busca, o papel do contador de histórias? Como a linguagem determina, delimita e amplia nossa imaginação do mundo? Como as histórias que contamos nos ajudam a perceber a nós mesmos e aos outros? E essas histórias poderiam confeir identidade, verdadeira ou falsa, a toda uma sociedade? E, para concluir,  as histórias serão capazes de mudar quem somos e o mundo em que vivemos?" (pág.13)



Tese-central
”Para o bem ou para o mal, somos animais gregários, condenados ou abençoados pela orbigação de viver juntos. Minha questão não sugere que haja alternativa: ao contrário, ela quer examinar algumas possíveis glórias e desgraças dessa nossa condição e quer saber como traduzimos em palavras nosso esforço de imaginar a vida em comum.“ (12)

"As histórias podem nos oferecer consolo para nosso sofrimento e nomes para nossa experiência. As histórias podem nos dizer quem somos, o que são essas ampulhetas pelas quais passamos, como podem nos ajudar a imaginar um futuro em que, sem finais felizes e confortáveis, possamos continuar vivos e juntos nessa terra tão devastada." (131)

Trechos

1. A voz de Cassandra
"A linguagem é nosso denominador comum." (pág.15)

"As histórias são nossa memória, as bibliotecas são os depótisto dessa memória, e a leitura é o ofício por meio do qual podemos recriar essa memória, recitando-a e glosando-a, traduzindo-a para nossa própria experiência, permitindo-nos construir sobre os alicerces do que as gerações passadas quiseram preservar." (...) "Ler é uma operação da memória por meio da qual as histórias nos permitem desfrutar da experiência passada e alheia como se fosse a nossa própria." (19)

"Sonhar histórias, contar histórias, redigir histórias, ler histórias são artes complementares que dão voz a nossa percepção da realidade e podem nos servir como conhecimento vicário, transmissão de memórias, instrução ou advertência." (19)

"Na antiga língua anglo-saxã, o termo para "poeta" era maker, "fazedor" ou "artífice", palavra que reúne a acepção de entrelaçar palavras à de construir o mundo material." (19)
"Os artífices conferem forma e existência às coisas, conferem-lhes sua identidade intrínseca. Quietos num canto de suas oficinas, e contudo movendo-se ao sabor das marés dos resto da humanidade, os artífices refletem o mundo em suas rupturas e mudanças contínuas e espelham em si mesmos as formas instáveis de nossas sociedades, tornando-se o que o poeta nicaraguense Rubén Darío chamou "pára-raios celestiais", indagando repetidas vezes "Quem somos nós?" e oferecendo um esboço fantasmagórico de resposta com os mesmos termos da pergunta. Por isso, o artífice é uma figura perturbadora numa sociedade que busca, a todo custo, a estabilidade e a eficiência necessárias ao maior proveito econômico." (22)

"A cidade de Platão é um espelho físico da ordem social, e para ele, como para Hipodamo, o bastião utópico deve corresponder exatamente ao ideal utópico. Em outras palavras, a cidade deve ser um reflexo da história que se conta a seu respeito." (25)
"Muitos artífices sofrem sob a maldição de Cassandra: a pouca disposição do leitor a dar ouvidos." (28)

"O mito sugere que, tendo sido esquecidos pela mãe, Cassandra e o irmão eram diferentes dos demais filhos de Hécuba. Na linguagem do mito, a individualidade de Cassandra é imposta a ela em consequência dessa separação acidental. Ela terá que aprender a se defender por conta própria, sem poder confiar nos ensinamentos dos mais velhos. Os dons divinos que recebeu, bons ou não, são seus, não traduzem o desejo de seus pais. Sozinha ela terá de definir a si mesma e a seus vínculos, sozinha ela terá de lançar seu olhar aos que estão dentro e aos que estão fora das muralhas de sua cidade, sozinha ela terá de imaginar qual será o seu "lar" e quais histórias se darão nesse lar – tudo isso a partir não do que dizem se seu, mas daquilo que ela decide identificar como seu. Cassandra não é porta-voz de um conhecimento tradicional, mas de seu próprio modo de imaginar a realidade, que então ela traduz em histórias." (29)

"Nisso reside a grande riqueza e a grande dificuldade da literatura: em não ser um dogma. A literatura registra fatos, mas não estabelece postulados absolutos, não impõe princípios indicutíveis, não oferece identidades univocas. As palavras de Cassandra, sua profundidade de visão, sua clareza de pensamento (por serem poeticamente verdadeiroas e não se prestarem a servir de simples slogans) são o que fazem dela uma artífice e a condenam à destruição – a ela e a seus filhos." (30)

"Despojado de tudo, exilado, separado de livros e amigos, Döblin formulou em seu diário sua missão como artífice, como homem que, por meio das palavras, tentava restituir ao leitor o "sentido original" das coisas. Sabendo que, como as de Cassandra, suas histórias não podiam deter a catástrofe da história, Döblin conclui que, apesar de tudo, seu esforço não era inútil, apenas incompleto." (31)

"A imaginação restritiva das burocracias, ao uso limitado da linguagem na política, as histórias podem opor um universo paralelo de palavras, aberto e ilimitado, que nos ajude a captar uma imagem conjunta de nós mesmos. No reino da narração, como percebeu Platão, nada se deixa limitar pelas necessidades da cidade: o artífice não trabalha sob encomenda, e por mais que a leitura possa ser cooptada, por mais que a poesia possa se converter em propaganda, as histórias continuam a oferecer a seus leitores outras cidades imaginárias, cujos ideias bem podem contradizer ou subverter os da república oficial. Platão parece se preocupar não com a maldição que pesa sobre Cassandra, mas com a possibilidade de que a maldição não seja eficiente e que, apesar da astúcia de Apolo, os leitores continuem a acreditar nas palavras da profetisa. Talvez, como Döblin bem sabia, essa fé cautelosa esteja no coração da obra de todo artífice." (34-35)

2. As tabuletas de Gilgamesh
"... preservar o esplendor de sua cidade e contar sua própria história. As duas tarefas são complementares: ambas falam da conexão íntima entre construir uma cidade feita de muralhas e construir uma história feita de palavras, e uma exige, para se consumar, a existência da outra." (50)

"Toda história é uma interpretação de histórias: nenhuma leitura é inocente." (50)

"A identidade da cidade, definida por suas leis, depende de algum tipo de banimento ou exclusão. A identidade do indivíduo exige o inverso: um esforço constante de inclusão, uma história que recorde a Gilgamesh que, para saber o que cada um é, são necessários ao menos dois homens." (54-55)


3. Os tijolos de Babel
"Todas as palavras exigem o conhecimento do outro, da capacidade alheia de ouvir e entender, ler e decifrar um código comum, e nenhuma sociedade existe sem uma linguagem compartilhada por todos. O reverso do mito de Babel reconhece que viver em conjunto supõe usar a linguagem para viver com o outro, uma ver que a linguagem é uma função que exige tanto autoconsciência como consciência de outrem, exige a percepção de que há um eu transmitindo informação para um você de modo que se possa dizer: "Este sou eu, é assim que eu vejo você, estas são as regras e os contratos que nos mantêm juntos no tempo e no espaço". E, pelo conhecimento do outro, talvez possamos, um dia, contar histórias que expliquem o que entendemos por "argamassa" e o que entendemos por "tijolo"."(59-60)

"... numa Babel como essa, tanto antes do acordo como nos dias por vir, qual poderia ser a função do narrador de histórias?" (61)

"Os monstros não continuam monstros para sempre." (63)

"A linguagem tem uma poderosa capacidade para contabilizar." (63)

"Por mais que possamos lamentar o fato, a linguagem escrita, em sua origem, há mais de 5 mil anos, não foi criação de poetas, mas de contadores. Ela vem ao mundo por razões econômicas, a fim
de manter um registro de fatos: posses, transações, contratos de compra e venda. Ela não surge de modo a favorecer a eficiência social ou econômica, mas corre em paralelo a esse outro processo e, uma vez desenvolvida, não cria nenhuma nova civilização – ao contrário, permite que as civilizações existentes ganhem consciência de suas identidades dinâmicas. A relação entre uma civilização e sua linguagem é simbólica: certo tipo de sociedade dá origem a certo tipo de linguagem; por sua vez, essa linguagem dita histórias que inspiram, moldam e mais tarde transmitem a imaginação e o pensamento daquela sociedade." (63-64)

"Essa ideia surpreendente de que as palavras pensam por nós, de que as palavras não apenas expressam mas também criam pensamentos, foi formulada há muito tempo, no século VI, pelo filósofo indu Bhartrihari." (66)

"... Esses cientistas confirmam o que os artistas suspeitam faz muito tempo: que o estilo é vital para nossa compreensão da realidade e que o modo como figuramos ou dizemos alguma coisa é portador de significado comunal, de um tesouro de conotações culturais inscritas em nossa capacidade genética de entender certos códigos. "Quando o assunto é grave", disse Oscar Wilde, com toda a precisão, "o que importa é o estilo, não a sinceridade"." (67)

"A dupla virtude da linguagem, sua capacidade simultânea de criação e transmissão, tonrna-se explícita quando reconhecemos que cada um de nós existem em relação a outrem. Toda história é um triângulo que envolve autor e leitor, leitor e protagonista, protagonista e autor. (...) Toda relação literária acarreta, de modo mais ou menos consciente, esses três modos de ver o outro: como ser fantástico, semificcional, dotado de peso simbólico ou alegórico em nossa imaginação; como ameaça, como alguém que cobiça nossa propriedade e identidade e que devemos combater e destruir; como benfeitor ativo que nos governará e ensinará com sabedoria, e a quem devemos amar e cortejar." (67-68)

"Leitores criam escritores que por sua vez criam leitores. Nessa história de ovo-e-galinha, cada novo ato de leitura e cada novo ato de escrita precisam ensinar seu método a seu público presente ou futuro." (68)

"À medida que nossa capacidade de armazenar se amplia, mais premente é a necessidade de desenvolver modos mais penetrantes e profundos de ler histórias cifradas. Para tanto, temos de deixar de lado as tão louvadas virtudes do rápido e do fácil e reaver nossa percepção positiva de qualidades quase perdidas: reflexão profunda, avanço lento, tarefas difíceis." (68-69)

"Não há acontecimento ou fato isolado, e o mesmo vale para todo elemento social ou individual. O conjunto do mundo natural é povoado por uma história densa e complexa a que tudo e todos estão entretecidos, inclusive o narrador e seu ouvinte." (74)

"Num texto famoso, Northrop Frye escreveu que o problema da identidade canadense vinculava-se sobretudo ao lugar, sendo "menos uma questão de 'Quem sou eu?' do que de 'Onde é aqui?'". Frye conta a história, hoje bem conhecida, de um amigo médico que, viajando pela tundra ártica com um guia inuíte, foi surpreendido por uma borrasca de neve. No frio gélido, em meio à noite impenetrável, sentindo-se abandonado pelo mundo civilizado, o doutor exclamou: "Estamos perdidos!". O guia iníte observou-o pensativo e respondeu: "Não estamos perdidos. Estamos aqui". É isso que, quase sempre, esquecemos quando olhamos de fora. Lá é aqui." (75-76)

"Para um ocidental, é difícil deixar de lado a noção cumulativa de tempo e aceitar que o que se imagina e narra tem lugar num momento constante em que coincidem passado, presente e futuro. Para os inuítes, não é o tempo, é a história que viaja." (77)

"A memória, no Ocidente, é o vínculo da nossa experiência, ao longo da linha do tempo, com os repositórios do passado. Em termos inuítes, a memória equivale em tudo à experiência presente: aquilo que é lembrado éa realidade em que vivemos, física e imaginativamente." (79)

4. Os livros de dom Quixote
"A realidade como dom Quixote sabe e Sancho acaba de aprender, não é o que as aparências sugerem, mas o que olhos aguçados e justos percebem. E, para isso (sugere tacitamente o escritor Cervantes, minando sem saber seu próprio argumento militar), são necessárias as letras." (103)

""Os historiadores", escreve Cervantes na primeira parte de Dom Quixote, "devem ser precisos, verídicos, imparciais, e nem os interesses e os temores, o rancor e a afeição deveriam levá-los a torcer o caminho da verdade, cuja mãe é a história, êmula do tempo, depósito das ações, testemunha do passado, exemplo e aviso do presente, advertência do futuro." " (103)

"Toda leitura é interpretação, toda leitura revela as circunstâncias do leitor, das quais de resto deriva." (104)

"A história que confere identidade a um indivíduo ou a uma sociedade deve – se quiser consumar seu propósito de trazer consciência à nossa existência – trabalhar não só sobre aquilo que a sociedade legisla e aceita, mas também sobre o que ela considera estranho e digno de exclusão." (104)

5. A tela de Hal
"As estratégias da indústria são ostensivas e auto-referentes. Na versão cinematográfica de O diabo veste Prada, baseada num desses livros produzidos a partir de um modelo dado (no caso, o modelo conhecido como chick lit) e como tais levados ao mercado, a vilã central, uma figurona da moda, Miranda Priestly, diz à heroína inocente, que se recusa a ceder à "mentalidade fashion", que a cor do vestido que ela está vestindo, comprado sem dúvida num supermercado qualquer, é resultado de um cuidadoso planejamento feito na estação anterior; isto é, que os ditados do dogma comercial impregnam tão a fundo o tecido social que nenhum setor fica incólume e que, por mais que nos recusemos a seguir a moda do dia, acabaremos por ser "escravos do sistema". " (116)

"Uma sociedade virtuosa, afirmava Mandeville, em que só se satisfizessem as necessidades básicas, não teria nem comércio nem cultura e, portanto, entraria em colapso por falta de emprego. A sociedade de consumidores que se firmou integralmente dois séculos depois levou a sério o argumento sarcástico de Mandeville. Lisonjeando os sentidos, dando mais valor à posse do que ao mérito ou à necessidade, ela pôs a noção de valor de cabeça para baixo: o valor, segundo os códigos da propaganda, deixou de depender do mérito de um objeto ou de um serviço mensurável, e sim de uma percepção baseada no grau de promoção do serviço ou objeto sob a égide de tal ou qual marca. No mundo do consumo, o esse est percipi de Berkeley adquiri outro sentido. A percepção está na raiz do ser, mas as coisas adquirem valor não porque precisam existir mas porque são percebidas como objeto de desejo. Assim, o desejo deixa de ser o ponto de partida da produção para se tornar seu produto final." (121)
"Vivemos num mundo de fronteiras e identidades fluidas." (128)

"Sentimentos patrióticos vagos e ardorosos – fontes turvas de emoção e fé – levam-nos a defender ou atacar uma fronteira ou uma bandeira cujos contornos e cores estão sempre mudando, e mesmo quando declaramos nossa lealdade a um lugar, estamos sempre nos distanciando dele por uma imagem nostálgica do que ele foi algum dia ou algum dia será.Nacionalidades, etnicidades, filiações tribais ou religiosas supõem algum tipo de definição política e geográfica; ao mesmo tempo, em parte por causa de nossa natureza nômade, em parte devido às flutuações da história, nossa geografia lança raízes numa paisagem mais fantasmagórica do que física. O lar é sempre um lugar imaginário." (129-130)

"Deixando de lado a cor local e a caricatura racista, deixando de lado as questões circunstanciais de economia política e estratégia industrial, como definimos a sociedade a que dizemos pertencer e que por sua vez nos define? Que ampulheta é essa em que estamos sempre trocando de lugar e cuja própria forma e natureza está igualmente em transformação contínua? Por quais meios nos imaginamos no lugar que dizemos ser nosso lar? E quem somos nós: habitantes, moradores ou passantes?" (130)

Referências histórico-culturais 
Trata do contexto contemporâneo, revisitando mitos e histórias clássicas que são ressignificadas para tentar ordenar o caos da/na "cidade babélica".


Contexto intertextual
O autor cita especialmente autores da literatura, da antropologia e da filosofia. Nas notas, no final do livro, enumera as leituras e autores utilizados nas suas reflexões.


Questões
1.      É  possível construir um discurso científico dialogando com a literatura, sem cair na ”maldição de Cassandra?“ Ou nenhum discurso está livre da descrença?


Link para baixar em pdf: http://www.slideshare.net/evanynascimento/cidade-das-palavras

Comentários

  1. Canadense de Buenos Aires?????????????!?!!?

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    1. Pois é, Sr. Anônimo. Parece mesmo confuso. Mas é que Manguel na verdade é um cidadão do mundo. Nasceu argentino, viveu em vários países e se naturalizou canadense. É o que confirma essa nota biográfica da Editora Companhia das Letras, que transcrevo abaixo:

      "Nasceu em 1948, em Buenos Aires, e hoje é cidadão canadense. Passou a infância em Israel, onde seu pai era embaixador argentino, e fez seus estudos na Argentina. Em 1968 transferiu-se para a Europa e, à exceção de um ano em que esteve de volta a Buenos Aires, onde trabalhou como jornalista para o La Nación, viveu na Espanha, na França, na Inglaterra e na Itália, ganhando a vida como leitor para várias editoras. Em meados dos anos 70, aceitou o cargo de editor-assistente das Editions du Pacifique, uma editora do Taiti. Em 1982, depois de publicar The Dictionary of Imaginary Places (em colaboração com Gianni Guadalupi), mudou-se para o Canadá. Editou uma dúzia de antologias de contos sobre temas que vão do fantástico à literatura erótica. Autor de livros de ficção e não-ficção, também contribui regularmente para jornais e revistas do mundo inteiro. Atualmente vive no interior da França, num antigo priorado transformado em residência onde instalou sua vasta biblioteca."

      Obrigada, pela visita!
      Até mais.

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